Porque se chamava moço
Também se chamava estrada...
Porque se chamava homem
Também se chamavam sonhos...
Composição: Milton Nascimento
Balaio: Cesto de cipó, palha ou taquara. 2. Nome de uma música de Vander Lee (cantor que adoroo!! muito). 3. Este nome é em homenagem a Manoel Francisco Ferreira dos Anjos, denominado Balaio, líder dos aquilombados.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
domingo, 17 de janeiro de 2010
ALMA NÃO TEM COR
Zeca Baleiro
Porque eu sou branco?
Alma não tem cor
Porque eu sou preto?
Branquinho
Neguinho
Branco negão/ Preto negão
Percebam que a alma não tem (uma só) cor
Ela é colorida
Ela é multicolor
Azul amarelo
Verde verdinho marrom
Você conhece tudo?
Você conhece Regaee?
Você conhece tudo?
Você só não se conhece
sábado, 16 de janeiro de 2010
FEIO
Nasci dura, heróica, solitária e em pé. E encontrei meu contraponto na paisagem sem pitoresco e sem beleza. A feiúra é o meu estandarte de guerra. Eu amo o feio com um amor de igual para igual. E desafio a morte.
Clarice Lispector in Água Viva .
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
A VOZ DO SILÊNCIO
Pior do que a voz que cala,
é um silêncio que fala.
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!"
É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim, você entende a mensagem.
(Martha Medeiros)
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Viver o sonho sonhado
e seus campos vastos do amor
Partilhar todos os dias os retalhos do existir
Doar-se toda e inteira para a casa da paixão
Sentir-se amada e amante entre o chão e o precipício.
Leva-me a vôos e precipícios
fantasias noites e olhares
No meu dia imaginário junto a ti.
Glória Azevedo
e seus campos vastos do amor
Partilhar todos os dias os retalhos do existir
Doar-se toda e inteira para a casa da paixão
Sentir-se amada e amante entre o chão e o precipício.
Leva-me a vôos e precipícios
fantasias noites e olhares
No meu dia imaginário junto a ti.
Glória Azevedo
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
O HAVER
Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
Perdoai-os! porque ele não tem culpa de ter nascido...
Resta essa imobolidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa guagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta esse diágolo cotodiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada
Resta esse constante esforço para caminhar
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.
Vinicius de Moraes
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
Perdoai-os! porque ele não tem culpa de ter nascido...
Resta essa imobolidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa guagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.
Resta esse diágolo cotodiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada
Resta esse constante esforço para caminhar
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.
Vinicius de Moraes
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
O QUE O VENTO NÃO LEVOU...
No fim tu hás de ver
que as coisas mais leves são unicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo,
um carinho no momento preciso,
o folhear de um livro de poemas,
o cheiro que tinha um dia o próprio vento.
Mario Quintana
que as coisas mais leves são unicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo,
um carinho no momento preciso,
o folhear de um livro de poemas,
o cheiro que tinha um dia o próprio vento.
Mario Quintana
Assinar:
Postagens (Atom)